segunda-feira, 18 de abril de 2016

20 - A tão temida iodoterapia

                                                    
                                                                           




                                                    Enfim chegou o dia da tão misteriosa e temida iodoterapia. Fui para a clínica com minha malinha pronta para passar três dias. Antes de ir para o quarto fui fazer a cintilografia. Já havia tomado uma quantidade de iodo  para contraste no dia anterior.
                                                    Antes da cintilografia fiquei em uma sala de espera, junto com outras pessoas, com água e cafezinho disponíveis. Aguardei dez minutos e resolvi (não sei o que deu na minha cabeça), tomar um cafezinho antes. Preparei o copinho, coloquei adoçante, enchi de café  e quando ia beber ouvi lá da porta aquele sonoro nãaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaao!!!!!!!!!!!!!!     Cheguei a levar um susto. Era o enfermeiro que ia fazer o procedimento. Quase dando um salto triplo mortal para me impedir. Todos olharam.  Foi por um triz! Ele disse que  se eu ingerisse qualquer coisa deveria aguardar mais duas horas para o tra Tudo que eu não queria. Estava bem humorada, me sentindo ótima e não queria estragar meu bem estar com ansiedade da demora.
                                                    Fiz o exame e me surpreendi porque foi apenas na área afetada. Não foi de corpo inteiro dessa vez. Tudo ok. Fui para o quarto que fotografei acima,
( o famoso iodo  não  foi permitido ser fotografado) e logo vieram os profissionais para tirar minhas dúvidas. Primeiro a enfermeira que perguntou se eu tinha equipamento eletrônico e eu disse que sim. celular e notebook. Esses utensílios foram embalados em plástico filme  para que eu usasse  com segurança posteriormente em casa, logo que tivesse alta e retirasse. Levei algumas coisas recomendadas por quem havia feito o procedimento. Limão, frutas cítricas, ( o que não foram recomendados e ainda me olharam incrédulos com o arsenal). Chocolate foi permitido apenas um pedacinho, mas de ante mão já avisaram que eu poderia enjoar. (dito e feito).
                                                   Após dirimir dúvidas chegou o anfitrião : Sr iodo radioativo. um copinho pequeno com 150 mCi. (essa medida é como um copinho plástico de cafezinho). Estava dentro de uma espécie de copo revestido de material pesado. Fui orientada a não segurar em nada, foi colocado na mesa e eu deveria  apenas colocar a boca no canudinho e beber tudinho e logo após beber meio copo de água que já estava próximo, assim que o técnico se afastasse e ficasse do lado de fora do quarto observando.  Quase engasguei de nervoso,  mas consegui. Não tinha sabor de nada, aliás parecia uma água  mais pesada, leitosa, sem cor ou cheiro, algo assim. O rapaz  pegou com cuidado o material depois que terminei , assim que eu mantive distância de uns dois metros e se foi. Fechou a porta e eu me senti com o dever cumprido.
                                                   Peguei o celular e  contei um pouco de tudo isso  para alguns da família,  poucos amigos e meu grupo da internet que sofre dessa doença porque a curiosidade é enorme e cada informação nos deixa mais tranquilas (ou não). Se passaram duas horas, veio minha comida. Eu tinha uma fome louca apesar de comer pouco derrubei em quatro minutos a lasanha a bolonhesa, arroz e beterraba. Comi a fruta de sobremesa e o suco.  Mais tarde um pedacinho de chocolate  mínimo. A noite chegou. Chupei um pouco de limão porque meu rosto inchou um pouco por causa das glândulas salivares.
                                                   Depois de tudo isso bebi bastante água  de madrugada. Eu me sentia levemente enjoada. Assim foi o primeiro dia.
                                                   
                                                  

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