sexta-feira, 15 de abril de 2016

17 Centro de medicina nuclear

                                              Depois de dar a notícia para a família e amigos, ter que explicar inúmeras vezes o que estava acontecendo, falei com meu irmão Marcelo para me levar logo na segunda feira no Centro de medicina nuclear para saber informações sobre o  procedimento.  Minha amiga  Fernanda  de longa data me ligou  para saber se ela poderia me acompanhar e encontrar comigo lá . Achei ótimo!  Além dela ser uma excelente companhia , eu precisava de segurança para compreender o que o médico falaria. Estamos sempre trocando informações sobre alimentação e qualidade de vida e naquele momento foi providencial . Só tinha cinco dias de operada e estava com a memória e os pensamentos ainda confusos, mas ainda sim bem humorada.  Ela mora bem perto da clinica e deixaria sua linda bebê com alguém em casa para  prontamente  ir me ajudar.
                                                 Marcelo saiu do trabalho no meio expediente na segunda  para essa MM (Missão Marcia)   depois retornaria . Fomos  para a Clinica. Ele me olhava desconfiado, sem saber se me pegava pelo braço, se  me abraçava, estava sem saber como lidar com aquilo tudo, tadinho. Me ajudou muito. O trajeto foi rápido e em  poucos minutos estávamos lá.  Algumas pessoas preenchendo fichas, outras sendo chamadas. Meu irmão me conduzia pelo braço como se eu fosse desmontar a qualquer momento. (mas não ia mesmo rs). Entreguei para a recepcionista os documentos e ela pediu para eu aguardar que o médico faria uma entrevista para me colocar a par de tudo que ia acontecer no tratamento de iodoterapia. Eu já tinha bastante informação mas ali no local com o responsável seria diferente. Agora era " à vera" !
                                                  Fernanda apareceu e foi um alívio para Marcelo.  Ele saiu e ficou na calçada  fazendo suas ligações telefônicas  enquanto nós duas sentávamos para tricotar. Ela já me conhece bem e não se surpreendeu quando me viu super bem , apesar de tudo. Lembrou que ligou para meu telefone e eu atendi logo após ter chegado ao quarto pouco depois da cirurgia. Foi a primeira pessoa com quem falei no telefone quando voltei da cirurgia  Já estava  na ativa novamente!                             
                                                 Rimos bastante e dessa conversa saiu a ideia do Blog. Falei da necessidade de escrever e contar para as pessoas tudo que eu estava passando. Ela achou bacana (adoro usar esse termo por causa da Mônica. Quando ela fala soa diferente. Tudo fica mais bacana). Algumas pessoas fazem blogs, páginas de facebook..... Minha intenção era trocar informações e atualizar as notícias para as pessoas, mas na verdade ("na verdade" é o termo que Manu, minha neta de 4 anos usa sempre e eu adoro rs), o fato de eu escrever funcionou como uma terapia. Vai fluindo, vou lembrando , quando vejo os textos vão saindo leves e bem humorados do jeito que eu sou. Me ajuda muito a administrar essa nova etapa da minha vida.
                                                   - Sra. Marcia Jeronimo!    Entramos na sala espaçosa e bem decorada. No centro , sentado à mesa, o médico responsável pelo tratamento.  Me senti nervosa, mas minha amiga me dava segurança. Eu tinha medo de não entender nada por causa dos neurônios dormentes rs, ela traduziria para mim depois.
                                                     Não teve muitas novidades. A única coisa diferente que ele disse     é que eu deveria ir um dia antes do tratamento para fazer uns exames e isso seria dia 11 de março de 2016. o PCI que é a pesquisa de corpo inteiro, uma espécie de tomografia mais detalhada que vai mostrar a quantidade de células tireoidianas existentes no organismo para que seja calculada a dose máxima de iodo a ser ingerido que não cause dano. Foi marcada a internação para a iodoterapia no dia 12 e eu deveria ficar por três dias,  já  preparada com a dieta pobre de iodo  iniciada duas semanas antes. Recebi a lista de alimentos que não deveria ingerir como citei no outro post, e ele disse que eu poderia levar laptop, celular, roupas leves comuns, água de coco, balinhas,  essas coisas, porque durante a internação eu não receberia visitas, então deveria me sentir o mais confortável possível As balinhas são um meio de salivar para atenuar possíveis dores nas bochechas.(tem gente que chupa limão) Vou levar e vou chupar como se fossem balas toffee.
                                                      Para mim estava de bom tamanho porque morando só estou acostumada a ficar alguns dias sem falar com ninguém, só teclando com Danilo e zap com meu povo.  Logicamente é um AP de temporada na zona sul que não desejo para ninguém. 
                                                      Ele perguntou se eu queria saber de mais alguma coisa e eu disse que não. Fernanda ainda fez algumas indagações que sinceramente não lembro agora e  tiradas as dúvidas, saímos.
                                                       Marcelo estava de pé no corredor nos  aguardando, me despedi dela e depois que ele  me deixou em casa ,  seguiu para o trabalho e eu para a minha vida doméstica  com ressalvas, mas agora mais independente. Comecei a escrever nesse dia.
                                                    
                                                     
                                                 

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