domingo, 17 de abril de 2016

19 - a dieta esta no fim.

                                       Estou na reta final da dieta pobre de iodo. Passaram duas semanas e foi rápido.  Senti alguma  diferença na alimentação. Sempre procurei me alimentar bem e apesar das restrições eu não sofri  por exemplo por não poder comer salgadinhos de pacotes, pães, biscoitos e chocolates, apenas porque não comia esses alimentos  de maneira habitual. Simplesmente perdi a fome em alguns momentos por não poder variar muito. Senti mais falta  do peixe, torradas integrais, folhas verdes, bacalhau, camarãozinho...hummmm  mas o bife e frango ok. No sal sem iodo que mandei manipular temperado com ervas secas que podia
                                      . Agora deu vontade enorme  de comer couve refogada, repolho, tempero verde fresco e tudo que fazia parte da minha rotina. Disso tudo senti falta de verdade, mas deu para tomar café da manhã com aipim ou batata doce  com  manteiga sem sal  e mamão. Tudo numa boa. O feijão que raramente eu comia porque substituía com alimentos equivalentes, tive que incorporar.
                                      Achei que poderia engordar pela falta de hormônios associada com o sedentarismo,  mas o ponteiro da balança em  nada alterou nem sei porque.
                                       Pensei que ia ficar fraca demais, sem energia como li em muitos relatos do meu grupo de facebook, mas não senti nada demais ainda bem.
                                        Nessa semana resolvi questões burocráticas, andei de metro sozinha por dois dias,  fui ao mercado mas não carreguei peso. Coloquei meu lencinho no pescoço e saí por aí. Me senti livre,  leve, solta , independente e muito mais confiante.
                                       Vejo TV o dia inteiro e estou aproveitando para assistir os filmes de sequencia que ainda não vi,  filmes policiais, terror (esses só de dia, porque não rola ir ao banheiro na madrugada depois rs). CSI, casos de crimes e suas soluções, notícias... tudo que se possa imaginar. Me distraio bastante assim.  Milly minha dog, me faz companhia mas não quer nada comigo em relação à brincadeiras. Acho que está entediada.
                                          Se duvidar estou ficando sem digitais de tanto teclar no celular e notebook. Como não posso sair muito sozinha, tenho que arrumar alguma coisa para fazer nesse verdadeiro confinamento. Atual diversão para mim é ir na casa da vizinha Sandra jogar conversa fora. Outro dia foi aniversário dela e eu me arrumei toda. (do meu jeito né, porque não posso usar maquiagem, esmalte, não posso pintar cabelos, usar hidratantes, perfumes, nada de nada disso). Desodorante só um pouco porque ninguém merece  e eu não consegui pesquisar se tem iodo, afinal o que não tem?)
                                          Fiquei feliz porque ela disse que fui a  "alma da festa". Éramos apenas eu, ela, a filha duas amigas e dois amigos, mas me senti  uma celebridade de tanta atenção que recebi. Falei horrores, mesmo com a voz rouca e falhando contei muitos casos.   Quase não comi porque obviamente não podia comer 1/10 das guloseimas (ainda bem que não sou olhuda). Amei aquela noite. Sempre dou valor a boas conversas, e me senti incluída. Foi num dia de semana e como o meu pessoal trabalha e eu fico só , para mim foi muito especial.
                                           A segunda etapa está chegando.  Comecei a preparar a mala para o SPA forçado. Nem vou levar muita coisa porque não terei atividades além de internet e TV. Estou na expectativa mas não chego a ficar ansiosa. Quando se adquire uma enfermidade como essa, o ideal é ter paciência, tranquilidade e viver dia após dia porque de nada adianta se desesperar. Só atrapalha o tratamento. Minha esperança é eliminar de vez algum resquício de célula cancerígena no meu corpo. A cicatrização está melhorando a cada dia. Não posso reclamar de nada. Papai do céu está olhando. Até depois!
                                                                            

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