segunda-feira, 11 de abril de 2016

13- O grande dia!

                                     

                                                                               
                                         Do nada, o  tempo começou a correr...   Como o dia 14 de março, o dia da cirurgia, caía em uma segunda feira, não pude ter Mônica ao meu lado no hospital. Para mim, seria bem tranquilizador, mas ela  estava trabalhando.  Sem problemas, sairia do trabalho e iria direto para a minha casa. Estrategicamente, estaria lá no dia seguinte, bem cedo, quando eu chegasse.
                                       Sendo assim, meu filho foi convocado para assumir a função de acompanhante. Dormiu na minha casa, acordamos e fomos para o Hospital.  Fiz todos os procedimentos para a internação e fomos para o quarto. Na verdade, uma enfermaria...
                                        Havia uma moça no outro leito, muito obesa, que tinha feito uma cirurgia bariátrica. Simpática, puxou conversa e perguntou se eu havia feito bariátrica também. Achei a pergunta estranha, mas respondi com gentileza que não, o meu problema era a tireoide.
                                         Enquanto isso, meu acompanhante se ajeitou em uma poltrona reclinável, bem confortável,  e  tratou de dormir.  Me tranquilizou muito mesmo, dormindo o tempo todo... kkkkkk.  Nos  horários em que se mantinha acordado, conversamos sobre a faculdade que ele estava iniciando. Nunca tinha visto o Raphael tão animado. Nunca havia demonstrado tanta empolgação nas duas faculdades que havia iniciado anteriormente - educação física e marketing. Tanto, que largou as duas pela metade.
                                        Antes de pensar em retomar os estudos, se apaixonou por fotografia. Meu irmão Marcelo emprestou a ele uma boa máquina, ele fotografou o aniversário de um ano de Antônia, minha segunda netinha.  Nasceu a paixão e ele decidiu transformar em ofício aquele novo hobby. Poderia ser mais um, entre os outros cursos,  mas o  diferencial foi que ele começou a estudar em casa, sozinho. Fez cursinhos, começou a comprar material, tudo isso sem ao menos ter inscrição aberta na faculdade. Ele estava empenhado, e mais do que isso,  fazendo planos de pós em cinema ou jornalismo. Acreditei! Dessa vez, fiquei muito feliz porque era para valer.                                                               
                                        Com a chegada do anestesista, interrompemos a conversa. Muito tranquilo, um ar paternal, conversou comigo, me questionou sobre possíveis alergias, respondi que não tinha;  medicamentos que eu usava: nenhum até aquele momento; diabetes : não; hipertensão: também não;  remédio controlado: não. Depois de responder tudo não, ele se deu por satisfeito. Eu também. Cumpri meu dever em cuidar tão bem do meu corpo, só assim enfrentaria melhor aquele percalço.
                                        Demorou bastante para me levarem ao centro cirúrgico. Eu estava em jejum, desde a meia noite do dia anterior, e já tinha passado da hora do almoço, nem água eu podia beber. Fui ficando mal humorada, meu acompanhante saiu para almoçar uma massa, o que me causou muita inveja! Quando ele retornou, se ajeitou novamente, para tirar uma soneca bem gostosa.... Estava aproveitando às minhas custas a dispensa do trabalho! 
                                        A equipe chegou cedo, mas o centro cirúrgico não estava liberado. Mais uma hora se passou, quando Raphael saiu para um cafezinho, chegou o rapaz com a maca e eu fui. Nem pude dar um beijinho no meu  filhão, mas daria muitos outros depois...
                                         Cerca de uma hora  e meia depois, voltei para o quarto. Dormia e acordava, Raphael teve que ir porque na enfermaria não era permitido pernoitar.  Na manhã seguinte, passei mal de enjoo e vomitei muito...Dois copos de 300 ml que estavam próximos, eu os enchi com uma precisão incrível, sem derramar, saí correndo com eles na mão e terminei o serviço no vaso sanitário.  ECA!
                                        Dr Ricardo apareceu cedo e me deu alta. Perguntei quantos nódulos tinha...ele disse que na sexta feira conversaríamos no consultório. Isso é bom ou ruim?
                                          Ele orientou para fazer uma alimentação leve, molhar  o curativo no banho,  mesmo estando coberto, prescreveu medicação, incluindo cálcio para as câimbras que viriam, dipirona em caso de dor e um anti-inflamatório. Eu não sentia dor! Tudo anotado, pequei minhas coisas, Marcelo me levou para casa. Mônica me esperava com uma sopinha maravilhosa. O enjoo passou! 

2 comentários:

  1. Seu casamento será lindo e celebrará , além do amor, mais uma vitória em sua vida.

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